segunda-feira, 15 de junho de 2009

Capitalismo Selvagem!


Música alta, muito alta. Ruas tomadas pela população, pelo cheiro de urina, pelas latas de cerveja, pela alegria, pelos bêbados no chão e pela descontração a revelia.

Homens, mulheres, crianças, idosos, em fim, famílias inteiras, jovens descamisados, sem eira nem beira, tudo podem, ou pensam que podem, nesta brincadeira.

A meta é se divertir, não importa o que ou quem esta por vir. O que vale é beijar, dançar, pular, passar a mão, encher a cara e andar na contra mão.

O engajamento é secundário, agora são os lucros e a política é que dão o tom primário.

Tudo é liberado, homem com homem, mulher com mulher, o álcool e o baseado.

Votos e dinheiro vem primeiro. A ideologia, sem demagogia, de recheio do bolo virou mais um brigadeiro.

Não vejo diferença entre a Virada Cultural e a Parada Gay de São Paulo. Umas trás mais votos, outra mais dinheiro, na essência, ambas perderam-se por inteiro.

O Capitalismo é assim, selvagem, e mesmo com maquiagem, sempre mostra a sua cara.