A Arte venceu. Foi apenas uma batalha, é verdade, mas venceu. A conquista, como era de se imaginar, não contou com a ajuda do poder público, que na imensa maioria das vezes a utiliza como meio para a obtenção de fins políticos, quando não obscuros.
Tão pouco a vitória teve participação da iniciativa privada, que (apesar de reunir pessoas com boas intenções e interessadas em contribuir para seu fortalecimento) também foi absorvida pela indústria cultural onde a mercadoria só tem importância se tiver valor mercadológico.
A Arte, na verdade, venceu pela arte. Pelo seu poder de encantar, questionar, entreter, comover e embaralhar a cabeça do seu receptor.
Não é a primeira, e também não será a última vez que a arte demonstra seu fôlego e sua capacidade.
Desta vez, porém, a conquista teve um sabor especial. Primeiro pela dificuldade. Segundo pelo terreno onde ela se deu, o elitizado Masp (Museu de Arte de São Paulo). E em terceiro lugar pelo valor (material) desta vitória, exatos R$15 por cabeça pensante.
Explico: o Masp divulgou no início dessa semana o balanço das visitas que o Museu recebeu no último mês de abril, 73.456 visitações, o maior público para um único mês em dez anos.
De acordo com a pesquisa, este ano, o público do Masp está 33% maior do que em 2008. De janeiro a abril, foram 203.247 visitantes. No mesmo período do ano passado, foram 152.578. Em 2008, com 599.804 visitantes, o Masp registrou queda de público de 4% em relação a 2007, após cinco anos de altas.
A conquista da arte, por sua vez, não pertence ou tão pouco foi patrocinada pelo totalitário Masp ou pelo seu corpo administrativo.
No caso, a grande conquista da arte, legitimada pelo público, está no fato de que o Masp, instituição privada, mas que sobrevive graças as contribuições do poder público municipal, absurdamente cobra de seus visitantes R$15 de entrada, inviabilizando o acesso de milhares de pessoas a um rico e histórico patrimônio cultural que, sim, deve ser preservado, mas não monopolizado por uma minoria aristocrata que acredita que a arte tem cor e classe social.
Apesar dessa barreira financeira, o Museu registrou um significativo aumento em suas exposições este ano.
Hoje, o conhecimento, assim como a informação, é livre, gratuito e essencial para o desenvolvimento e (re) conhecimento do indivíduo como cidadão e da sociedade como um todo.
No fundo, a arte venceu graças ao seu mais fiel seguidor, o público, que vislumbrado pelo seu encantamento e poder de sedução, cedeu a crise e as imposições do mundo capitalista que vivemos, deixando-se levar pelos questionamentos e beleza de uma obra que por alguns minutos foi só sua.
Tão pouco a vitória teve participação da iniciativa privada, que (apesar de reunir pessoas com boas intenções e interessadas em contribuir para seu fortalecimento) também foi absorvida pela indústria cultural onde a mercadoria só tem importância se tiver valor mercadológico.
A Arte, na verdade, venceu pela arte. Pelo seu poder de encantar, questionar, entreter, comover e embaralhar a cabeça do seu receptor.
Não é a primeira, e também não será a última vez que a arte demonstra seu fôlego e sua capacidade.
Desta vez, porém, a conquista teve um sabor especial. Primeiro pela dificuldade. Segundo pelo terreno onde ela se deu, o elitizado Masp (Museu de Arte de São Paulo). E em terceiro lugar pelo valor (material) desta vitória, exatos R$15 por cabeça pensante.
Explico: o Masp divulgou no início dessa semana o balanço das visitas que o Museu recebeu no último mês de abril, 73.456 visitações, o maior público para um único mês em dez anos.
De acordo com a pesquisa, este ano, o público do Masp está 33% maior do que em 2008. De janeiro a abril, foram 203.247 visitantes. No mesmo período do ano passado, foram 152.578. Em 2008, com 599.804 visitantes, o Masp registrou queda de público de 4% em relação a 2007, após cinco anos de altas.
A conquista da arte, por sua vez, não pertence ou tão pouco foi patrocinada pelo totalitário Masp ou pelo seu corpo administrativo.
No caso, a grande conquista da arte, legitimada pelo público, está no fato de que o Masp, instituição privada, mas que sobrevive graças as contribuições do poder público municipal, absurdamente cobra de seus visitantes R$15 de entrada, inviabilizando o acesso de milhares de pessoas a um rico e histórico patrimônio cultural que, sim, deve ser preservado, mas não monopolizado por uma minoria aristocrata que acredita que a arte tem cor e classe social.
Apesar dessa barreira financeira, o Museu registrou um significativo aumento em suas exposições este ano.
Hoje, o conhecimento, assim como a informação, é livre, gratuito e essencial para o desenvolvimento e (re) conhecimento do indivíduo como cidadão e da sociedade como um todo.
No fundo, a arte venceu graças ao seu mais fiel seguidor, o público, que vislumbrado pelo seu encantamento e poder de sedução, cedeu a crise e as imposições do mundo capitalista que vivemos, deixando-se levar pelos questionamentos e beleza de uma obra que por alguns minutos foi só sua.