segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Os incomodados que se mudem!













São Paulo é mesmo um lugar especial. Multicultural por natureza. Inovadora e autêntica como outras pouquíssimas metrópoles no mundo. Não é patriotismo não, tão pouco se trata de bairrismo barato, é apenas uma constatação (não muito difícil de ser feita, é verdade).

A cada passo que damos e em cada esquina que cruzamos a diversidade nos acompanha nessa cidade intensa, e extensa, em todos os sentidos. Para quem, como eu, respira arte udenground e marginal, São Paulo é o paraíso da transgressão.

A cada muro, beral ou fachada que vemos pela cidade nosso espírito aventureiro é despertado, mesmo que inconscientemente. Impossível andar pela cidade e não querer estar com uma lata de spray, uma escada e um galão de tinta na mão e devastar o cinza que, tenta, se esforça, mas que não consegue superar o fôlego dessa mulecada colorida e incansável que vive em sampa.

O grafite e a pichação (manifestações as quais me refiro), que para muitos não passa de vandalismo e rebeldia sem causa, é na verdade a mais pura expressão da arte contemporânea que consigo identificar em São Paulo.

A própria arquitetura da cidade é um convite a este tipo de manifestação, que há anos é combatida, mas que, para azar de uns, e sorte de outros, já esta fincada no processo de afirmação, e formação, do jovem que vive por aqui.

Nesse final de semana aproveitei um tempo livre que tive para registrar alguns locais onde o grafite e a pichação interagem com a arquitetura da cidade, que pode sim, ser limpa, como quer o nosso prefeito, mas careta, nunca! Arte para todos.

Os incomodados que se mudem!