segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

vElha guardA


O cara construiu um auditório flutuante no lago do Pq. do Ibirapuera, colocou latas de azeite para procurar saladas e um rádio para encontrar peixes e, apesar de tudo isso, eu não o conhecia. Santa ignorância.

Tímido, ousado, destruidor de paradigmas e conceitos. Extremamente representativo dentro do universo da contra cultura, o artista paulistano Guto Lacaz, 60, um misto de designer gráfico, engenheiro, arquiteto e professor Pardal, faz parte de um seleto grupo de artistas cuja obra deve ser conhecida, analisada e, se possível, compreendida.

Por sorte, e sem querer, tive acesso a sua obra no final do ano passado. Vi sites, vídeos, entrevistas e fotografias.

Seu trabalho simplesmente desconstrói, atormenta, questiona, perturba e, acima de tudo, impressiona. Arquiteto por formação, designer por paixão, Lacaz é artista porque a natureza quis assim, isso fica evidente em cada um dos seus trampos. Suas obras (especialmente as não comerciais) transpiram anarquia, rebeldia e transgressão.

Algumas de suas realizações chegam a beirar a insanidade. Ainda bem, a mesmice artística é um tédio.