segunda-feira, 10 de novembro de 2008

4P


Difícil, ou melhor, impossível, um veiculo de comunicação que leva o nome de O Menelick (por mais indie que o nome possa soar), deixar de registrar o desfecho de dois relevantes feitos mundiais que ocorreram nesta semana.

O primeiro deles, a vitória do piloto inglês Lewis Hamilton, primeiro competidor da raça negra a disputar a disputar um campeonato de Fórmula 1, e que no domingo (02), tornou-se também o mais jovem piloto a conquistar o título da nobre competição, aos 23 anos. Um misto de talento, competência e sorte, conduziram o precoce, e agora atual campeão mundial, ao posto de número um da competição mais estrelada do automobilismo mundial.

Existem milhares de outros negros que são profissionais exemplares e excelentes em seus ofícios, isso não há duvida, porem, pela visibilidade ($$$) que a F-1 tem, seus competidores acabam por tornar-se referencia para muitos jovens, e o desempenho de Hamilton passou a ser uma para os jovens negros (espero).

Não vejo ele como um líder das causas que afligem o povo negro, tão pouco o ouvi defender tais interesses. Ele e (apenas) um piloto, que nasceu, cresceu e vive, em universo predominantemente branco (o automobilismo) e só agora esta tendo a oportunidade de dimensionar a importância da sua posição e da sua conquista. Contudo, o seu sucesso serve de estimulo para outros da sua cor.

Em poucas palavras, Hamilton mostrou que, com muito trabalho (pois assim se constrói qualquer vencedor) e oportunidades iguais, o negro pode alcançar as estrelas, e ir muito mais longe do que imagina ou do que foi pré-estabelecido pela “sociedade”.


Nabor