segunda-feira, 4 de julho de 2011

ESPETÁCULO MOÇAMBICANO DESEMBARCA EM SP NESTE FINAL DE SEMANA

Monólogo encenado pela atriz Lucrécia Paco conta a história de uma prostituta que agredida por um cliente, utiliza a palavra como forma de revolta
.




.
.
.

Nos próximos dias 9 e 10 julho, a cosmopolita cidade de São Paulo ficará um pouco mais africana. O espetáculo moçambicano Mulher Asfalto (2007), dirigida e encenada pela atriz Lucrécia Paco (grande nome do teatro contemporâneo de Moçambique), será encenado no Teatro Oficina em curta temporada.

A peça, que esteve em solos tupiniquins em 2009 e que já passou por países como Portugal, Espanha, Alemanha e Argentina, retorna ao Brasil para cinco apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro (dias 21, 22 e 23 no Teatro SESC Casa da Gávea).

A exibição de Mulher Asfalto no Brasil faz parte do projeto Kuvona Moçambique, realizado pela empresa Balaio Cultura e Arte, que tem como objetivo principal apresentar aos brasileiros as variadas expressões artísticas ligadas a cultura tradicional moçambicana.



Sinopse
Em Mulher Asfalto, uma prostituta em situação de intenso sofrimento, causado pela agressão de seu cliente, utiliza a palavra como forma de revolta. O diálogo e a música tradicional moçambicana sugerem uma reflexão sobre o silêncio escondido em milhares de mulheres.

O público é convidado a sentar-se frente a frente, formando um corredor no centro, transformado em espaço de jogo cênico. O espectador, face ao outro, torna-se o espelho daquele que também olha em frente. Não há como escapar e desviar o olhar do que acontece na cena. O público é levado a interagir e participar, vivendo e repassando experiências vividas.

A prostituta fala sobre seu trabalho, mas não quer ser considerada vítima do sistema. Ela não chora, ela canta e dança sua vida de mulher da sombra. Cada pedaço de sua carne esquartejada torna-se uma palavra de revolta. Carne que sente, ri, tem prazer de viver e recusa a morte. Carne que não quer acreditar que é uma pedra fria e que o cliente fez dela “um não ser, uma não vida”.

O texto da peça é baseado no poema “Epilogue d’une trottoir” (Epílogo de uma caminhada, na tradução para o português) do escritor africano Alain Kamal Martial. Ele faz parte de uma série de epílogos em que o autor dá a palavra àqueles que não a tem, fragilizados e reduzidos ao silêncio pela sociedade.






+
TEATRO OFICINA
Dia 9 de Julho, às 21h
Dia 10 de Julho, às 20h
Preço: R$ 10,00

Rua Jaceguai, 520 – Bexiga
(11) 3104-0678



Informações a imprensa
Bruce Carosini
(11) 6132 3600
bruce_di@yahoo.com.br