Desculpa aí.
Costumo zapiar jornais todos os dias. Pelos menos três passam pelas minhas mãos até o fim da tarde. Nada contra ao dinamismo da Internet, que utilizo bastante, mas gosto do prazer de folhear.
Hoje, o jornal Metro, estampava na capa uma foto de meia página de um cara andando de skate. A primeira vista estranhei, afinal, trata-se de um esporte que poucos praticam e/ou admiram (é “apenas” o segundo mais praticado no país) e, talvez, por isso não tenha espaço na grande mídia.
Porém, mais do que a foto, o que despertou minha atenção foi o título da imagem: “Prefeitura quer expulsar skatistas da av. Paulista”.
Ainda de acordo com matéria, o efetivo de GCMs (Guardas Civis Metropolitanos) na avenida Paulista foi praticamente dobrado . “Além dos 23 homens que patrulham a região diariamente, a corporação deslocou mais 23 guardas para a avenida. A PM também participa da ação”, dizia a reportagem da dupla Álvaro Magalhães e André Porto.
Segundo o texto, como não há lei que proíba a prática do esporte, a ordem é enquadrar a turminha por dano ao patrimônio e/ou ameaça a integridade dos pedestres.
Não tenho procuração para defender skatista (apesar de ser adepto do esporte), mas e quem corre na rua, jogo futebol, pedala, também será repreendido?
O que vemos é mais uma prova que, apesar de todas as conquistas (muitas delas sociais inclusive), o SK8 segue marginalizado no Brasil.
Às vezes é mais fácil reprimir do que incentivar.
Calça larga é crime!